Na onda das duplas Jorge e Mateus e Victor & Leo, as cantoras Juliani (da dupla Juliani e Bruno) e Brunna (Brunna e Mateus) formam a nova safra de artistas dispostos a deixar definitivamente o lado “brega” rotulado ao gênero.
lém de canções próprias com letras “pra cima”, elas investem ainda em covers de músicas da balada para agradar os fãs.
Para a cantora Brunna, a mudança de visão do sertanejo começou com as duplas masculinas Victor & Leo e Jorge e Mateus, que, segundo ela em entrevista ao R7, ajudaram a acabar com o preconceito.
- A gente teve um berço bem pop. Quando lançamos a canção Agora é Tarde, começamos a viajar muito e percebemos que o estilo que dominava era o sertanejo e que esse estilo começou a invadir a capital. Até os cantores de MPB gostam. O preconceito diminuiu bastante nos shows. Apesar das influências sertanejas, usamos muito o pop ao nosso favor. E quem começou com isso foram o Victor e o Leo e o Jorge e Mateus.
Já para Juliani, ex-pupila do programa Ídolos (Record), que há dez meses canta ao lado do amigo Bruno, essa tendência começou com César Menotti & Fabiano, mas também tem a ver com a realidade dos novos tempos.
- Essa onda vem desde César Menotti & Fabiano. Eles começaram com isso. Na verdade, tudo é sertanejo, o que mudam são as letras. Hoje em dia não existe mais essa coisa de esperar pelo príncipe encantado ou chorar horrores por amor. As mulheres estão dando a volta por cima e isso está nas músicas. Então, o público feminino se identifica mais com a gente.
E para deixar para trás de vez o estigma do gênero da exaltação à dor de cotovelo, as meninas passaram a investir, nos shows, em hits mais alegres e covers de divas do pop, como Lady Gaga e Katy Perry.
Em grandes apresentações, Juliani, por exemplo, encarna a dona do megassucesso I Kissed a Girl e interpreta a agitada Firework. Ao lado de Bruno, ela também entoa as animadas Chora, Chora e O Cupido.
Brunna conta que no palco pode tudo, de Lady Gaga a Mamonas Assassinas.
- Antigamente, as músicas eram dramáticas. Hoje em dia, as letras falam mais do cotidiano. Tem um lance otimista, uma coisa boa, a letra é bem jovem. Isso acontece em Rebelde [a dupla fez uma releitura de Me Liga, do Paralamas do Sucesso, para a trilha sonora da novela teen], já que mostra o cotidiano dos estudantes. Eu já fui em show do Jorge e Mateus que eles fizeram cover até do Michael Jackson. Hoje vale tudo, acabou o preconceito. Vale tocar desde Lady Gaga até Mamonas Assassinas. Há algum tempo, se você fizesse isso, as pessoas iam achar que era brega, cafona. Mas hoje o mesmo cara que ouve reggae pode gostar de sertanejo. O que importa é a música.
Fonte: R7.com
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